Falemos de amor, pai.

11-08-2019

Vamos falar daquele beijo na testa, aquele abraço apertado, aquele bom dia, aquele "chegaste bem?", aquele sorriso, aquele aplauso em todas as ocasiões que triunfei. Sim falemos de ti, papá.

Pai, querido pai, sempre foste a base do meu ser, a minha metade, o meu ponto de encontro. Eu lembro-me de ser ainda pequenina e olhar para ti como quem vê todos os super-heróis, como quem vê todas as referências do mundo. Tu és a minha.

Desculpa pai, desculpa porque eu sei que não fui sempre perfeita, sei que também sofreste por eu sofrer, por eu dar o passo errado. Nunca disseste para eu não fazer o que seja que fosse, disseste sempre para eu fazer o que achava que me deixava feliz, mas tu sabias que eu estava errada, não sabias? Eu fui sempre eu própria, como tu me ensinaste, mas também me avisaste que isso me custaria muito sofrimento, porque nem toda a gente é boa, eu sei papá, hoje eu sei. Estás sempre lá quando tropeço com esse teu abraço que cura tudo, com essas palavras que fazem caricias e com essa bondade que toda a gente reconhece. És o meu orgulho, daria tudo para ser assim.

Não existe ninguém neste mundo que não goste de ti, tens sempre aquela palavra amiga, aquele gesto carinhoso e principalmente aquele sorriso que ilumina o dia de quem passa por ti. Um dia gostava que os meus filhos fossem como tu. E vou ler-lhes histórias no banho, tal como tu me fazias, e vou ensinar-lhes todas as lições que me ensinaste.

Obrigada pai, obrigada por seres alguém que faz a diferença, alguém que dá aos outros o que muitas vezes não recebe. Queria-te eterno. Parabéns. Amo-te paizinho.

Daniela Mendes